Reconhecimento do genocídio
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- 31 de dez. de 2013
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Em 24 de maio de 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, as potências aliadas (Reino Unido, França e Império Russo) emitiram um comunicado conjunto no qual disseram que, por aproximadamente um mês, as populações curda e turca de Armênia tinham massacrado os armênios, com o conivência e muitas vezes ajuda das autoridades otomanas, e que as Forças Aliadas iriam procurar por todos os oficiais do governo otomano implicados em tais crimes contra a humanidade.[123][124]
“"O Ministério das Relações Exteriores da França faz o seguintes aviso prévio ao governo turco. Citação. 24 de maio
Por cerca de um mês, as populações de curdos e turcos da Armênia têm massacrado os armênios com a conivência e muitas vezes ajuda de autoridades otomanas. Esses massacres ocorreram em meados de abril em Erzerum, Dertchun, Eguine, Akn, Bitlis, Mush, Sassun, Zeitun e ao longo da Cilícia. Habitantes de cerca de cem aldeias perto de Van foram todos assassinados. Nesta cidade, o bairro armênio foi assediado por curdos. Ao mesmo tempo, em Constantinopla, o governo otomano maltrata a inofensiva população armênia. Tendo em conta estes novos crimes contra a humanidade e civilização pela Turquia, os governos aliados anunciam publicamente que irão cobrar pessoalmente por todos responsáveis por estes crimes do governo otomano e todos que estão implicados em tais massacres.[123]
”
Nos últimos anos, os parlamentos de vários países reconheceram formalmente o evento como um genocídio. As negociações da Turquia com a União Europeia para entrar no bloco europeu também foram marcadas por várias reivindicações para que o governo turco reconheça o genocídio, embora isto nunca tenha sido pré-requisito.[125][126]
Em outubro de 2015, 29 países reconheciam oficialmente o genocídio armênio[127][128][129]:
Alemanha[130][131]
Argentina[132]
Armênia[133]
Áustria[134][135]
Bélgica[136]
Bolívia[137][138]
Brasil[139]
Bulgária[140]
Canadá[141]
Chile[142]
Chipre[136]
Eslováquia[143]
França[144]
Grécia[136]
Itália[136]
Líbano[136]
Lituânia[136]
Luxemburgo[145]
Países Baixos[146][147]
Paraguai[148]
Polónia[149]
República Checa[150][151][152]
Rússia[136]
Síria[153]
Suécia[154]
Suíça[136]
Uruguai[155][136]
Vaticano[136]
Venezuela[156]
Existem também organizações internacionais que reconhecem o genocídio armênio, como o Conselho Mundial das Igrejas, Conselho da Europa, Parlamento do Mercosul, Sub-Comissão das Nações Unidas para a Prevenção da Discriminação e Proteção das Minorias e o Parlamento Europeu.[157] Em 12 de abril de 2015, o Papa Franciscoclassificou pela primeira vez, pela Igreja Católica, o fato como genocídio [158]. Em 23 de abril do mesmo ano, a Alemanha reconheceu, pela primeira vez, que teve corresponsabilidade no Genocídio Armênio cometido há um século pelo Império Otomano.[159]
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